Capacitar produtores e técnicos na atividade leiteira, tornando-os mais eficientes, é o desafio do programa de extensão, Leite Ceará, que vem sendo aplicado desde janeiro. O Sistema IDEAGRI é o software utilizado pelos técnicos nas atividades de apoio aos participantes do programa.


Um programa de assistência técnica voltado ao setor leiteiro e aplicado de forma integrada e abrangente começa a ganha forma no Ceará. A meta é aumentar a competitividade dos produtores e da indústria e expandir a produção da atividade do setor no Estado e na região do Nordeste a partir de ações financiadas por instituições públicas e privadas, que priorizem capacitação, pesquisa, crédito rural e iniciativas estratégicas.

Para isso, o chamado Programa Leite Ceará conta com a união de diferentes segmentos, como o Governo do Estado, Adece-Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará, Câmara Setorial do Leite e Derivados, Sebrae, Senar, Associação da Indústria de Laticínios e Instituto Agropolos. “Trata-se de uma iniciativa única no Brasil, que contempla uma estratégia bem definida para o desenvolvimento do setor leiteiro”, define o zootecnista Raimundo Reis, gerente executivo do programa.

O empreendimento faz parte de uma agenda elaborada há dois anos, cujos planos se estendem até 2025. Somente para este ano está reservado um investimento de R$ 3,168 milhões, sendo que a cada mês ocorre uma escala crescente de produtores, técnicos e de demanda financeira. O trabalho iniciado em janeiro último contou, no seu evento de lançamento, com 180 produtores de diferentes regiões do Estado. Neste mês de junho, o projeto já assistia 125 produtores, com uma projeção, para dezembro, de um total de 780 produtores.

“A assistência técnica é a engrenagem do programa. Será a sua base de sucesso”, acredita Reis. Sua certeza nos resultados tem o apoio, atualmente de 10 extensionistas, sendo dois veterinários, dois zootecnistas e seis técnicos agropecuários. “A equipe deverá ser composta de cerca de 60 profissionais até o final do ano”, ele comenta, explicando que tem sido frequente a seleção e preparação de técnicos, mostrando-se os diversos sistemas de produção e tecnologias existentes no processo de exploração da atividade leiteira.

Programa deve atender a 780 produtores até o fim do ano

Programa deve atender a 780 produtores até o fim do ano

Para isso, faz parte do programa o treinamento de grupos de produtores e técnicos, e visitas a propriedades já assistidas, assim como a laticínios participantes. Atualmente, são 15 as indústrias que apoiam a iniciativa, um segmento que participa com 10% dos custos totais do programa. A partilha conta com 50% bancados pelo governo – o maior mantenedor; 10%, pelo Sebrae; 10%, pela Adece, e 15%, pelos produtores. Exemplificando, a um produtor de até 100 litros/dia cabe o compromisso de destinar 2,08 litros/dia ao programa.

Forragem de Apoio


O Sistema IDEAGRI é utilizado pelos integrantes da equipe do programa, com o objetivo principal de possibilitar o monitoramento dos índices produtivos, reprodutivos e econômico-financeiros das propriedades, visando otimizar os resultados e alavantar a atividade. Os dados das propriedades são lançados no software pelos técnicos e acompanhados pela equipe de gestão do programa. O gerente executivo, Raimundo Reis, fala da importância do sistema para as metas do programa:

"Seria impossível acompanhar, quase em tempo real, todas as ações realizadas, utilizando-se medida de desempenho, com qualidade e eficiência, sem que houvesse a utilização do Sistema de Gestão IDEAGRI."