Como resultado dos questionamentos da sociedade sobre o modo como os animais de produção eram criados, surgiu, em meados da década de 1965, na Inglaterra, a ciência do bem-estar animal (BEA). Esse tema se expandiu, está consolidado na Europa, ganhou força no Estados Unidos e, atualmente, vem sendo amplamente discutido no Brasil e demais países da América do Sul.

Em 2016, a World Animal Protection (antiga WSPA) apresentou seu primeiro estudo sobre “A Percepção do Consumidor Sobre o Bem-estar Animal nas Américas”, conduzido pela Ipsos Public Affairs no Brasil, Chile, Colômbia e México. Concluíram que, embora na América do Sul ainda não exista uma forte cultura de pensar sobre o tema, quando questionados sobre a importância do bem-estar dos animais de fazenda, 82% dos entrevistados declararam considerar o BEA muito importante ou extremamente importante.

O Brasil figura entre os quatro maiores produtores de leite do mundo. São aproximadamente 35 bilhões de litros de leite produzidos por ano no país. E, embora o leite e seus derivados estejam entre os alimentos mais fiscalizados e avaliados do mercado, em função, principalmente, de seu papel na cadeia alimentar humana e de suas características de conservação, o preconceito contra as atividades da pecuária leiteira continua grande.

Nesse sentido, o selo de Bem Estar Animal do #bebamaisleite foi desenvolvido com objetivo de criar um sistema unificado de auditoria, implementação e manutenção dos procedimentos no dia a dia da fazenda, adaptados para a realidade da pecuária leiteira do Brasil, tendo como consequência, melhor reputação do produto, valor agregado ao leite e seus derivados, frente a um mercado consumidor cada vez mais exigente.

Para medir o envolvimento dos produtores em ações que se originam de novas tendências do mercado consumidor, a Ideagri escolheu o programa de certificação “Bem-estar Animal” por ser recente e por atender a uma demanda crescente para a promoção de melhores condições de vida dos animais envolvidos na cadeia alimentar humana. As respostas indicam que esse é um tema de grande atualidade.

Após ouvir 167 produtores de leite brasileiros e técnicos atuantes na cadeia leiteira (clientes e não clientes da empresa) em sua Pesquisa #3, realizada on-line e finalizada dia 31 de agosto, a Ideagri concluiu que dos entrevistados, 70,1% disseram conhecer o programa de certificação em Bem-estar animal do #bebamaisleite, enquanto 52,1% afirmaram conhecer os objetivos e propostas e que, 100% dos entrevistados confiam de que promover o bem-estar animal aumenta a produtividade da atividade leiteira.

Apesar dos conceitos amplamente difundidos sobre o tema e dos números expressivos demonstrados na Pesquisa #3 da Ideagri, o que vemos na prática é que no Brasil muito ainda precisa ser avançado.

É preciso entender que o bem-estar animal, mais do que um conceito da “porteira pra dentro”, é um grande aliado nas melhoras dos índices zootécnicos da fazenda e, principalmente, da “porteira pra fora”:  na comunicação positiva com o consumidor.

 

O que lemos para produzir esse artigo:

A identidade institucional do setor leiteiro – #3Pesquisa Ideagri https://www.oleitenaopodeparar.com.br/

Consumo às cegas – a visão do consumidor frente ao bem-estar dos animais https://www.worldanimalprotection.org.br

Leia também: IDEAGRI RECEBE SELO DE “EMPRESA AMIGA DO BEM-ESTAR ANIMAL 

Autoras:

ANA PAULA CARÍSSIMO- Zootecnista, Pós-doutora em Produção Animal, Suporte técnico programa de certificações do #bebamaisleite

HELOISE DUARTE - Médica Veterinária com aperfeiçoamento em Nutrição Animal, especialista em Gestão Agroindustrial, CEO Ideagri

 


 

  

Primeira em seu setor com o certificado, Ideagri atende a um mercado cada vez mais preocupado com a equilíbrio sustentável - A Ideagri é a primeira empresa de softwares de gestão agropecuária do Brasil a conquistar o selo de “Empresa Amiga do Bem-Estar Animal”. A certificação é emitida no Brasil pela consultoria neozelandesa QConz, em parceria com o #BebaMaisLeite. A Ideagri atendeu integralmente aos critérios de avaliação, que envolveram uma lista de oito funcionalidades e serviços e cerca de 20 indicadores considerados necessários para a boa administração de uma propriedade leiteira.

 

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