A fazenda Malunga foi destaque na edição de julho da Revista Globo Rural, na reportagem intitulada 'Os frutos do cerrado'. A matéria contou um pouco da história de produtores da região do entorno do Distrito Federal, que investem no cultivo de diversos tipos de alimentos orgânicos. A Malunga produz uma grande variedade de orgânicos, incluindo leite e derivados. A fazenda é parceira e usuária do Ideagri.

Se a fruta está abrindo seu caminho em Brasília, a horticultura já tem espaço garantido. Com a maior renda per capita do país, a capital é abastecida por um cinturão de verduras e legumes que ocupa quase 10 mil hectares. Das centenas de pequenos e grandes produtores, 150 se dedicam ao cultivo orgânico, com destaque para a Fazenda Malunga, de 110 ha. Metade da área é ocupada por hortas, que produzem diversos tipos de alface, cenoura, tomate, abobrinha e mais 25 produtos. Só de estufas são 5 hectares. Toda produção e certificada, incluindo o leite.

A história da Malunga começou na UNB (Universidade de Brasília) com o então estudante de engenharia florestal Joe Valle. Após se intoxicar com a aplicação de agrotóxicos em uma fazenda, ele se juntou a um grupo de amigos da universidade e implantou uma horta orgânica coletiva em Brasília. O casamento com agrônoma Clevane Ribeiro, que conheceu na faculdade, sedimentou as bases do negócio. “Eu era produtora de tomate convencional. Joe diz que me converteu para o orgânico”, diz Clevane, que passou a administrar a fazenda, enquanto o marido foi defender os orgânicos e outras bandeiras na Câmara.

Há 20 anos, a Malunga entrega cestas semanais de hortifrútis na casa dos consumidores. Já a venda em feiras e pequenos mercados foi substituída pelo abastecimento de supermercados. Hoje, 70 supermercados da capital federal recebem os produtos da Malunga, que tem ainda quatro lojas próprias.

Toda a produção é irrigada. O solo é tratado com compostagem e adubação vindas dos currais. Cem vacas tricross produzem 1.100 litros de leite orgânico por dia para fabricação de queijo, iogurte e ricota, entre outros produtos com selo da fazenda. “Começamos neste ano a vender o leite em garrafas de vidro retornáveis. Tem sido um sucesso”, conta Clevane.

Diariamente, saem da Malunga cerca de 10. mil itens em três caminhões. Os carros-chefe são a alface americana e o tomate sweet grape. Parte da produção é embalada e outra é processada com a marca da propriedade e de outras duas marcas do Carrefour e Pão de Açúcar.

Os preços dos produtos orgânicos, diz Clevane, chegam a ser três vezes maiores do que os convencionais, caso do tomate, e são bem mais estáveis. “Não existe a variação de preços comum do HF convencional. Mesmo com tempo ruim, o valor é mantido”, diz a produtora que emprega 180 pessoas, sendo 40 na lavoura.

Clevane destaca a quarta loja que a Malunga inaugurou este ano, com mais de 1.200 itens orgânicos, incluindo frutas, ovos e pão, e outros 800 alimentos do tipo saudável. “Eu ficava garimpando nas lojas em busca de orgânicos para alimentação das minhas filhas. Aí consegui fornecedores dos mais diversos produtos em todo país e abrimos a loja de 200 metros quadrados, que é praticamente um supermercado de orgânicos.”

 

A reportagem completa é de autoria de Eliane Silva, e foi publicada na Revista Globo Rural, de julho de 2019 - páginas 42 a 47.

Este artigo replica trechos da matéria, relativos à Fazenda Malunga.

As imagens utilizadas neste material foram obtidas no site: https://www.mercadomalunga.com.br/

 

 Ideagri